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O que calçar?? Tudo que você queria saber, mas tinha vergonha de perguntar. (parte 1)



MARY RODRIGUES


Existem tantos tipos e modelos que usamos e na verdade nem sabemos distinguir um do outro pelo nome.

E é por isso que vou tentar elucidar essas diferenças aqui para vocês.

Vamos lá!!

Scarpin


Roger Vivier foi sim o criandor do scarpin. Nascido em Paris em 1907 , estudou escultura na École des Beaux Arts até ser convidado para desenhar uma linha de calçados .Criou sapatos como esculturas. Quando ele inventou o salto finissimo em 1954, a sua audácia seduziu o mundo da moda. Basta ver uma fivela quadrada na frente de um scarpin, tipo os sapatos da antiga realeza, que logo vai lembrar do estilo Vivier.

O nome Scarpin vem do italiano e pronuncia-se (esparpam), do diminutivo da palavra scarpa (sapato) que seria scarpino.

Eles foram popularizados no final dos anos 40 por Christian Dior. Na época ele queria introduzir uma nova moda entre as mulheres no pós guerra, pois elas viviam em racionalização de tecido e queriam alguma outra forma de elegância.




Esse clássico da moda para ser chamado scarpin o salto não pode ter menos 4cm e nem mais  10cm passando disso,o sapato já muda de nome e passa a ser um Stiletto. 

O bico pode ser fino, arredondado ou quadrado, mas o scarpin sempre será um sapato fechado que esconde os dedos e o calcanhar, deixando apenas o peito do pé à 
mostra.

Stiletto


O sapato Stiletto, é uma referência no geral ao tipo e altura de salto que são acima de 10 cm. Conhecido também como salto agulha, alfinete de chapéu, flauta, florete, espigão ou salto lápis.E antigamente também era sinônimo de informação sobre o bico muito fino e longo. Atualmente o bico desse sapato já não precisa ser tão alongado, embora ainda seja usado.

Pode ser considerado o campeão de preferência fetichista, mas o máximo desse modelo foi inventado no início dos anos 50 na Itália, e era fabricado em madeira com miolo de metal.

O stiletto tornou-se possível depois da 2ª Guerra Mundial, quando os fabricantes foram capazes de conceber barras de aço fino suficientemente fortes para suportar o peso de uma mulher.

Muito alto, mas de aparência delicada e o andar sinuoso que ele provocava era o acompanhamento ideal para as roupas ultra femininas da época. 

Dizer ao certo quem criou esse modelo algo que não será fácil.

Enquanto Roger Vivier é, normalmente, considerado o inventor deste salto, através dos seus modelos criados para Christian Dior (este salto foi visto pela primeira vez em 1952 num show deste costureiro) e julgadamente é difícil determinar o verdadeiro criador, depois de inúmeros exemplos de sapatos criados por Ferragamo, pelo designer Beth Levine, ou por Albanese de Roma e Dal Có que apresentaram saltos agulha, na Itália, por volta de 1953.

Esse estilo de salto tem uma história engraçada.

Os sapateiros adoravam estes saltos porque as capas tinham de ser substituídas frequentemente. Os médicos desaconselhavam-nos, devido aos tornozelos torcidos e partidos que provocavam.

Além disso estes saltos, por terem a sua base em aço, provocavam um ruído irritante e perfuravam certos pisos.

Assim, foram banidos dos aviões e proibidos em muitos edifícios públicos que, por vezes, forneciam sacos à entrada para as senhoras protegerem os saltos dos seus sapatos.

Mas, nos anos 60, um plástico resistente foi o substituto para o uso deste salto.



Apesar da sua má reputação – tornaram-se a imagem de marca das meninas mal comportadas -, no final dos anos 50 os stilettos eram os únicos sapatos que uma mulher elegante podia usar.

Como exemplo, a estrela de Hollywood Jayne Mansfield, possuía 200 pares destes sapatos.

Nos anos 60, a popularidade destes saltos foram diminuindo, voltando a surgir no final dos anos 70 e têm mantido os seus apreciadores até hoje.

Pump

Já na Grécia antiga, os atores usaram as primeiras plataformas, como forma de serem bem vistos por expectadores que estavam nas fileiras de trás. Eles também foram usados por mulheres de Veneza e da Turquia no Séc XVI e chegavam até 60 cm de altura e eram chamados chopines.

Foi Salvatore Ferragamo que no fim da década de 1930, criou a febre das plataformas nos Estados Unidos. Ele usou camadas de sola de cortiça, devido ao racionamento de couro na Europa durante a primeira guerra mundial.

Mas quem tornou as plataformas realmente famosas foram Elton John e David Bowie em 1970,com suas performances em cima de uma altura de até 15 cm. Diana Ross, também aderiu a essa moda. Jodie Foster causou euforia ao aparecer de plataforma e shortinhos no filme Taxi Drive em 1976.

Vivienne Westwood criou um sapato plataforma com material que imitava pele de crocodilo que tinha quase 26 cm de altura para a modelo Naomi Campbell entrar na passarela do seu desfile no outono da Aglomania, e que ficou evidente que não era fácil nem para ela caminhar com algo tão alto. O que a fez levar um tombo incrível naquela noite.


Esse modelo foi muito usado na década de 70. Voltou e não tem data para ir.

O pump se diferencia do scarpin por ter uma plataforma exposta e bem aparente. Com o objetivo de dar uma compensação em relação aos salto que são sempre altos.

Meia Pata



Muito confundido com o pump, por serem semelhantes, mas não iguais. A diferença estar na plataforma que no caso do meia pata fica embutida.

Peep Toe



Esse sapato de nome engraçado e de pronuncia mais ainda "pipitu", vem do inglês peep (aparecer) e toe ( dedos dos pés), logo o peep toe é o modelo que tem a parte da frente ligeiramente aberta, mostrando a ponta dos dedos dos pés. É sempre fechado na parte de trás.

Podendo ter saltos de forma e alturas variados.

Em 1940 era um clássico de grande sucesso. Hoje é muito versátil e para quem quer dar um ar bem retrô ao look , essa é a escolha certa.


Não percam o próximo post, pois darei continuidade mostrando as diferenças entre o nossos queridos calçados.

Até lá!! :*




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