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JEANS...Um caso de amor!!



MARY RODRIGUES



Lendo e pesquisando achei interessante contar mais uma história para vocês. Não queria  somente mostrar looks de uma peça essencial de todo mundo: o jeans, por que acho legal conhecer a história da moda e saber o porquê de está usando tal coisa e não simplesmente vestir o que ditam e pronto.

E acho que vocês já perceberam que gosto sempre de contar a parte cultural de tudo né? É que acho que moda , saúde e beleza não é somente futilidade. Tem muita história e cultura por trás e adoro saber e repassar pra vocês!!

O jeans é o tecido mais popular do mundo e é usado por pessoas de todas as classes sociais, sem distinção. Do pobre ao rico, todo mundo tem uma peça jeans no armário. 

Mas esse item obrigatório tão amado em todos os cantos do planeta demorou a ser aceito e precisou quebrar muitas barreiras, principalmente dos padrões de moda europeus.

 O jeans começou a ser fabricado em 1872 em Nimes, na França. O nome "tecido de Nimes" acabou sendo abreviado por apenas "denim". Em princípio, quem importava esse tecido era a Itália, para confeccionar os uniformes dos marinheiros que trabalhavam no porto de Gênova. Esses genoveses, chamados de "genes" pelos franceses, acabaram também ganhando créditos dos norte-americanos, que o apelidaram de "jeans". Levi Strauss foi quem criou o jeans nos Estados Unidos no ano de 1853 para atender garimpeiros da Califórnia. Os rebites de reforço foram patenteados em 1873 por Levi Strauss e Jacob David. 

Tachinhas de cobre foram utilizadas para dar uma maior resistência aos bolsos que não estavam resistindo ao peso colocados neles. Os pontos críticos das calças foram reforçados, tornando-as mais duráveis.
Peças de jeans são artigos de confecção têxtil destinado ao vestuário que usam como matéria-prima tecidos Denim. O que podemos chamar de verdadeiro jeans é o de coloroção azul, que veio só depois, quando Levi Strauss decidiu tingir as peças com o corante de uma planta chamada Indigus, dando a cor pela qual o jeans é hoje conhecido.
No início foi tudo uma experiência. Levi Strauss confeccionou duas ou três peças reforçadas com a lona que possuía, deu-as aos mineradores e o sucesso foi imediato. 

Altamente resistente, as peças não estragaram com facilidade. Estava criado o jeanswear, o estilo reforçado de confecção, o qual foi originalmente destinado a roupas de trabalho.
Entretanto, o jeans só passou a ser utilizado no dia-a-dia, já no século XX.





A partir de 1950, a explosão cultural e o surgimento de estrelas pop como Elvis, James Dean e Marlon Brando marcou a influência da música e do cinema no mundo da moda. O look "jaqueta de couro e calça jeans" virou febre entre os jovens. 

Quem era "cool", rebelde e avançado usava calça jeans, principalmente as mulheres. Era o início da ousadia feminina. 



Os ícones de beleza Brigitte Bardot, Marylin e Jane Mansfield popularizaram o uso dos modelos mais justos - influência total para as desinibidas da época. Era o nascimento da nova mulher: prática, sexy e segura de si.


Antes de ser aceito, o jeans passou por muita resistência, mas felizmente a partir da década de 60 diversas fábricas de denim na Europa, principalmente na Itália, como a marca Fiorucci (sucesso mundial). A partir de então, o jeans começou a ser um símbolo, uma expressão do que a juventude da época, filhos do pós-guerra queriam dizer - no caso uma rebeldia contra os padrões burgueses. Foi quando surgiu o modelo boca de sino, com cintura baixa e o tom lavado. Na época, as pessoas passaram a adaptá-lo com seu estilo próprio, aplicando retalhos, lavagens e etc - era o look único prezado na filosofia hippie.



Em 1974, o estilo punk rock começou a vir à tona - jeans rasgado e jaqueta de couro -, principalmente na vida noturna de Nova Iorque, com bandas como Ramones e The Runnaways despontando. Numa versão britânica do recém-nascido movimento punk que também surgia, a estilista Vivianne Westwood aplicou essa moda a banda que seu marido, Malcom McLaren, era empresário: o Sex Pistols. Ela lançava então o look dos jovens delinquentes. Às já famosas calças rasgadas, ela aplicou tachas e espetos que, combinadas à correntes e camisetas com frases de protesto e coturnos, formavam uma moda que marcaria uma época dos adeptos à anarquia.



Nesses mesmos anos 70, Calvin Klein foi o pioneiro a colocar o jeans nas passarelas e nos outdoors da Times Square. A campanha com a modelo na época Brooke Shields, então com 15 anos, onde ela perguntava: “You want to know what comes between me and my Calvins? Nothing” (algo como: Você quer saber o que há entre mim e a minha Calvin? Nada). Foi um sucesso!!



Nessa época também, a primeira dama Jackie Kennedy aparecia publicamente com seu jeans.

O jeans ganhou outra conotação quando dentro de sua composição foi adicionado o elastano, assim dando um melhor caimento. E depois a inclusão do algodão com o poliéstee o elastano adicionando à praticidade do jeans o brilho do poliester e o caimento perfeito do elastano.




Após tantas mudanças e adaptações, só nos anos 80 que o jeans voltou ao seu jeito original. Era a época disco! O jeans ganhava a mobilidade do strech e era combinado com muito brilho e purpurina. E assim, a criatividade não parou mais. A partir de então surgiram os modelos baggy, semibaggy - populares entre os rappers e skatistas, entre outros.

Só que toda essa história ainda vale! Pois mesmo com tantas inovações, volta e meia os modelos antigos andam sendo resgatados, como o boyfriend jeans e o sarouel - talvez releituras dos modelos baggy e semibaggy.
O jeans só chegou a conquistar o restante da população após a proliferação social do seu conceito como roupa despojada e do cotidiano, sem perder seu charme e elegância.



O estilo de calças rasgadas também dos anos 80 é conhecido como "Bear Wear Band". É um estilo que visa unir o novo ao velho.

E o jeans segue até hoje como a peça mais versátil e presente nos looks de todo mundo!!

Use e abuse ele fez história e será a moda sempre.


Viva a vida longa do nosso velho Jeans!!

Até o próximo post! :*

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